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DONZELO NÚMERO DOIS

24 maio

COLUNA DO DR. ANTONIO OLÍMPIO RHEM DA SILVA

DONZELO NÚMERO DOIS

Segunda parte!

 Nossa turma costumava frequentar o brega, especialmente na Rua do Dendê (Araújo Pinho), nas casas de D. Nanã e Amália, – as mais bem montadas e melhor frequentadas. A cerveja mais bebida era a Brahma “Bock Ale”, o aperitivo era o cognac Macieira e uma agardente chamada “Johnny Bull”.

Integravam o grupo Dobé, Rubem Passos (bem mais velho), Zequinha Badará, Luiz Clóvis, Carlinhos Campos e outros, inclusive um primo de Cobé, bem mais moço, conhecido como “Espantado D’El Rei”. Todas as vezes que bebíamos algumas doses de aperitivos, garrafas de cerveja, íamos “espantar o capeta” no quarto com as alegres moiçolas. Só quem não ia “vadiar” era “Espantado”.

Cobé, que era seu primo, o estimulava a ir à guerra, porém Espantado dava uma de desertor.

Certo dia estávamos todos na casa de D. Nanã quando Cobé foi conversar em separado com uma moreninha que chegara há poucos dias de Juazeiro. Falou-lhe que o primo era donzelo, recomendou-lhe que adotasse cuidados especiais e pagou-lhe adiantadamente o preço da “empreitada”. Ao voltar para a mesa disse: “Espantado, hoje não tem desculpa. Já acertei com a moça, paguei e você só tem que ir para o quarto e fazer a sua parte. Você é um D’El Rei e não pode decepcionar”. “Espantado”, literalmente espantado, disse: “Não posso, comi sarapatel ontem” e abandonou o recinto inopinadamente,

Antonio Olimpio Rhem da Silva é Advogado, Professor, Escritor, Poeta e Presidente da Maramata

 
3 Comentários

Publicado por em 24 de maio de 2012 em CIDADE, CURIOSIDADES, EM CIMA DA HORA, HUMOR, VARIEDADES

 

3 Respostas para “DONZELO NÚMERO DOIS

  1. F. Pires

    25 de maio de 2012 at 9:40 AM

    Correia… por favor!… “poupe-nos de mais alguns números deste Donzelo” (que também já o foi), pelos vistos, parece-me que ainda vai haver mais “disto”. Não seria melhor o Dr. da Silva, escrever “estas suas patacoadas” no seu diário ou na sua própria bibliografia? Depois quem quisesse lê-las, era só procurá-las nos locais próprios.
    Sr. Silva: quanto a essa de “ir espantar o capeta” (todas as vezes e sempre quando bebiam algumas (muitas) doses de aperitivos) nas casas de brega, ficamos (fico) com muitas dúvidas de que tal acontecesse (devido à ingerência de bebida alcoólica) antes ou até mesmo e durante a “guerra” (já lhe ouvi chamar de outros nomes), daí que, se compreenda o porquê e quais os motivos por que o Espantado e o outro do dia anterior, se tivessem “evadido do campo de batalha” (recinto, como opinadamente lhe chama). Já o li outras vezes e acho que só deve escrever sobre; “Pesca”. Passar bem…

     
  2. Einaldo Peixoto

    26 de maio de 2012 at 4:59 PM

    A.O. precisa é trabalhar. Ganha salário de Secretário na Maramata e fica o dia todo no café da Praça do Teatro falando bobagens.

     
    • CorreiaNeles

      27 de maio de 2012 at 10:58 AM

      Einaldo, valeu pela sua participação e pelo seu comentário. continue dando suas opiniões. Muito obrigado.

       

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